quinta-feira, 14 de julho de 2011

Inútil, "Carangueijão" pode virar posto policial


No ano de 2004, mais precisamente no mês de julho, teve início a obra do primeiro portal temático do país, construído em Cáceres.Inaugurado um ano depois, o portal, logo batizado de “caranguejão”, deveria servir de ponto de apoio a quem chega a Cáceres, especialmente ao turista. A obra custou R$ 774 mil, sendo R$ 500 mil de recursos do Governo Federal e o restante do Governo do Estado.

Até hoje sub-utilizada, uma estrutura de 8 mil metros quadrados, 23 metros de altura e 20 metros de diâmetro já passou por três reformas e atualmente está sem a lona que serve de cobertura.O projeto é da arquiteta Daniela Rosa de Oliveira, da Secretaria Estadual de Infra-Estrutura, e representa uma vitória régia, flor aquática existente nesta região. O portal fica a três quilômetros antes do trevo de entrada da cidade, na BR-070, que liga Cuiabá a Cáceres. Em homenagem ao proprietário da fazenda Rancho Verde, que fez a doação da área, o portal tem o nome de “Álvaro Ferreira”.

No local, o visitante deveria obter todas as informações sobre o município de Cáceres, com infra-estrutura para orientar o viajante, tendo um banco de dados sobre o município, com informações da história de Cáceres, seu comércio, pontos turísticos, hotéis, restaurantes, opções de lazer, enfim, tudo o que a pessoa desejar saber.

Uma lanchonete, telefones, sanitários também fazem parte do projeto.. Ao chegar, o viajante seria cadastrado para que o município passasse a ter um banco de dados sobre o turista que visita a região. O portal serviria ainda como ponto para ouvir sugestões, críticas ou elogios sobre o atendimento recebido durante a estadia na cidade, possibilitando assim corrigir deficiências e fortalecer o setor turístico.

A obra existe há mais de seis anos e nunca atingiu sua finalidade. Em uma determinada época, chegou a ser usada para “raves” e hoje ainda é usada para “rachas” de carros e motos, e ponto de prostituição. Agora, existe no município um projeto que pode mudar esta realidade. Usar o local para fortalecer a área de segurança pública. “Temos um elefante branco na entrada da cidade- diz o prefeito Túlio Fontes, cuja estrutura precisa ser destinada a uma coisa útil.”

O projeto está sendo discutido com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Força Nacional, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Grupo Especial de Fronteira (Gefron). Ali, já acontecem esporadicamente blitz que sempre resultam em apreensão de drogas. Com um posto montado e funcionando 24 horas, seria uma arma eficiente no combate aos crimes ligados ao narcotráfico. “Não é um projeto mirabolante, uma vez que temos a estrutura física pronta. Falta apenas o material humano e equipamentos, que seria de responsabilidade de cada órgão”-conclui Fontes, que está aguardando a decisão das forças de segurança para colocar o projeto em prática.
Por: Jornal Pantanal em 14/07/2011 19:08:31

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