quarta-feira, 22 de agosto de 2012

ZPE de Cáceres deverá estar em funcionamento no prazo de 18 meses


“Foi um percurso muito longo,um sonho antigo. Quem teimou em sonhar, está aqui. Perdemos pelo caminho companheiros valorosos, como o ex-prefeito de Cáceres, dr. Antonio Fontes, e a também ex-prefeita Ana Maria da Costa e Faria, a Nana. Mas hoje posso dizer que finalmente não tenho nenhuma dúvida de que teremos a Zona de Processamento de Exportação, a ZPE de Cáceres –e de Mato Grosso”.

As palavras são do presidente da Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação(ABRAZPE), Helson Braga, que esteve em Cáceres na terça-feira, para, juntamente com o presidente da AZPEC –Administradora da ZPE de Cáceres, e membros da diretoria, protocolaram na Receita Federal o pedido de alfandegamento da ZPE, para análise e aprovação, estando então pronta para ser implantada. Pedro Lacerda informou que agora levará para Brasília o documento que deverá ser entregue ao Conselho Nacional de ZPE’s, comprovando os 10% de investimentos na área, uma exigência cumprida, que nos fará mudar da fase de ZPE aprovada para ZPE em fase de implantação”.

Segundo Lacerda, um dado importante é que a empresa AZPEC já possui todas as certidões necessárias para o seu funcionamento.

Ilson Sanches, consultor especial da Casa Civil do Governo do Estado, que integra a diretoria da AZPEC, afirmou que agora, a tarefa é buscar empresárias. “É é uma tarefa comum, a todos que se interessam pelo desenvolvimento local e regional. Temos 17 cartas de intenção quando o mínimo necessário são nove. Todos os segmentos nos interessa, pois o importante é ocupar a área da ZPE com indústrias e prestadores de serviços que gerem emprego e renda e mudem a realidade econômica local”.

Foram 21 anos de espera desde a idéia inicial. O projeto ficou engavetado por 15 anos e retomado pelo governo Lula. Hoje são 24 ZPE´s em fases distintas em todo o país. A de Cáceres, segundo o engenheiro Carlos Henrique Policeni, que assessora a Azpec, deverá estar funcionando em 18 meses. “Com o ‘ok’ da Receita Federal, saímos do projeto de concepção e passamos aos projetos executivos, para as obras de construção da infra-estrutura, que podem ser feitas concomitantemente com as empresas interessadas, que já devem começar a fazer seus projetos de implantação, pois cada um deles será analisado pela Abrazpe, assim, começando agora, acelera o processo”.

Entusiasmado, o engenheiro Adilson reis, que por anos conduziu o processo da ZPE de Cáceres e hoje atua como consultor, afirmou que outra grande notícia é que a Receita Federal irá construir seu galpão dentro da área, o que significa uma economia de R$ 2 milhões para a AZPEC.

Pedro Lacerda afirmou que todos os ventos foram favoráveis. “Hoje temos o governo federal e o estadual comprometidos com o projeto. Todas as etapas burocráticas devidamente cumpridas”.

Helson Braga falou ao final que a população não tem idéia do impacto positivo que a ZPE irá causar. “O modelo existe com bons resultados no mundo todo. Serão milhares de empregos diretos e indiretos. A sensação que tenho hoje é que não estamos mais quebrando lanças. Nós conseguimos. Antes, éramos minoria e considerada ‘maluca’. Hoje somos maioria e a ZPE é pauta no Congresso Nacional, que inclusive está reformulando a lei das ZPE´s, fazendo adequações. Ainda temos alguns pessimistas que afirmam que as empresas não vão pagar impostos. Mas temos que pensar maior. Elas vão gerar emprego. O trabalhador vai pagar impostos no comércio local. O importante é a geração de emprego e renda numa região de economia estagnada. É este o papel de uma Zona de Processamento de Exportação”.

O presidente em exercício do Sindicato Rural de Cáceres, Jeremias Pereira Leite, falou no final da reunião, que aconteceu no auditório do sindicato com a finalidade de mostrar aos acionistas a fase atual do projeto. Segundo ele, “os pessimistas vão continuar incrédulos, mas nós sabemos que saímos do campo das idéias para a prática”.

Na terça-feira, o governo do Estado fez a entrega das chaves aos moradores das 30 casas construídas em terreno doado pelo município. Eles ocuparam por mais de dez anos a área da ZPE no Distrito Industrial e saíram através de uma desocupação pacífica. Eram chacareiros e além da casa, cada família irá receber do governo estadual cinco hectares de terra.
Por: Assessoria em 22/08/2012 17:15:56

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